domingo, 21 de abril de 2013

DAVID AFKHAM na FCG, 18.04.2013


David Afkham, o jovem maestro alemão, voltou a dirigir a Orquestra da Fundação Calouste Gulbenkian. O ano passado tinha deixado uma óptima impressão na direcção de obras como a Sinfonia n.º 7 de Schostakovich ou o Crepúsculo dos Deuses de Wagner, passando ainda, por exemplo, pelas Metamorfoses de Ligeti. A energia, precisão e clareza da sua condução ficaram na memória.
Esta temporada dirigiu as Sinfonias n.º 2 de Brahms e n.º 4 de Schumann. E foi brilhante! Uma vez mais demonstrou toda a sua enorme comepetência. Tem um tempo magnífico, interpreta as obras de modo que transparece um estudo aturado das partituras e do contexto das obras e é extremamente elegante. A sua direção é muito clara, precisa, com um controlo dos naipes absoluto e sabe dar ênfase aos diversos momentos melódicos com excelentes modulações. Além disso, podia ser cerebral, mas não! Dá-nos música mesmo e quem segue o seu gesto expressivo poderá prever exactamente o que vai acontecer. Se há maestro que mostra a relevância do homem que dirige uma orquestra é David Afkham. É que não minto quando digo que a Orquestra da FCG soa de outro modo: tem um som nítido e sem distorções e funciona como um corpo único cuja cabeça é David Afkham. Este eleva-a a um patamar de excelência. Vale a pena seguir este jovem porque terá certamente a relevância internacional que demonstra merecer.

1 comentário:

  1. I still do not understand the full power of the "maestro," but I will endeavor to learn more.

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