domingo, 7 de abril de 2013

MADAMA BUTTERFLY, Wiener Staatsoper, Fevereiro / February 2013



 Em Fevereiro, Viena estava ainda mais bela, sob um espesso manto branco de neve.




 Madama Butterfly é uma ópera de Giacomo Puccini com libreto de Giuseppe Giacosa e Luigi Illia. O argumento pode ler-se aqui.

A encenação de Josef Gielen é clássica, colorida e visualmente muito agradável mas estática. Só há uma mudança de cenário entre o primeiro e o segundo acto. No final, o suicídio da Butterfly acontece atrás de um biombo, o que quebra um pouco a intensidade dramática. Mas, apesar de muito conservadora, está bem.


 O maestro alemão Stefan Soltesz dirigiu a Orquestra da Ópera Estatal de Viena que, mais uma vez, teve um óptimo desempenho. Também excelente foi o Coro da Ópera Estatal de Viena. O final do primeiro acto foi de uma beleza assinalável.


 Micaela Carosi, soprano italiano, foi uma Cio-Cio-San de alto nível. A voz é poderosa e afinada. A cantora foi muito expressiva ao longo de toda a récita. Teve um bom desempenho em palco, embora seja sempre difícil representar a jovem Butterfly de 15 anos. Foi alegre e confiante do início, vencida e destroçada no final.



 O B.F. Pinkelton do tenor espanhol Jorge de Léon foi uma agradável surpresa. Tem uma excelente figura para o papel e cantou-o com grande mérito, sempre sobre a orquestra e com um registo agudo interessante e sólido.


 O mezzo austríaco Monika Bohinek fez uma Suzuki ao nível dos restantes solistas. A voz é bonita, bem timbrada e potente. Em palco teve uma boa presença.


 Outra interpretação digna de elogio foi a do barítono israelita Boaz Daniel no papel de Sharpless. A voz foi sempre audível e é de assinalável beleza. 


Os cantores de papéis mais secundários não destoaram, apesar de algumas diferenças na qualidade vocal.




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MADAMA BUTTERFLY, Wiener Staatsoper, February / February 2013
In February Vienna was even more beautiful under a thick white blanket of snow

Madama Butterfly is an opera by Giacomo Puccini with libretto by Giuseppe Giacosa and Luigi Illia. The argument can be read here.

The staging of Josef Gielen is classic, colorful and visually very nice, but static. There is only a change of scenery between the first and second act. In the end, the suicide of Butterfly happens behind a screen, which breaks a little the dramatic intensity. But though very conservative, it is okay.
German conductor Stefan Soltesz directed the Orchestra of the Vienna State Opera, which, again, had a great performance. Also excellent was the Choir of the Vienna State Opera. The end of the first act was of a remarkable beauty.

Micaela Carosi, Italian soprano, was a top level Cio-Cio-San. The voice is powerful and refined. The singer was very expressive throughout the performance. She had a good performance on stage, although it is always difficult to play the young 15 years old Butterfly. She was cheerful and confident in the beginning, desperate and shattered at the end.

B.F. Pinkelton by the Spanish tenor Jorge de Leon was a pleasant surprise. He has an excellent figure for the role and sang it with great merit, always above the orchestra and with an interesting and solid high register.

Austrian mezzo Monika Bohinek was
​​a Suzuki at the same level of the other soloists. Her voice is beautiful and powerful. On stage she had a good presence.
Another interpretation worthy of praise was the Israeli baritone Boaz Daniel in the role of Sharpless. The voice was always audible and is of a remarkable beauty.

The singers of secondary roles were also good, despite some differences in vocal quality.

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