sábado, 3 de fevereiro de 2018

Um Requiem alemão / Ein deutsches Requiem, Fundação Gulbenkian, Fevereiro de 2018


(text in English below)

A Fundação Gulbenkian ofereceu-nos uma das grandes obras corais do reportório alemão, o magnífico Requiem Alemão de Brahms.

A Orquestra Gulbenkian, dirigida pela maestrina Laurence Equilbey, esteve algo contida. O barítono Thomas Hampson, sem necessidade da partitura, esteve em grande nível, voz ampla de timbre bonito e bem sobre a orquestra, embora no registo mais agudo perdesse alguma pujança. A soprano Miah Persson tem uma voz e uma intervenção pequenas, mas não destoou. O Coro Gulbenkian esteve ao mais alto nível e foi o melhor da noite.



Na primeira parte do concerto ouviram-se canções bíblicas de A. Dvorak, cantadas por Thomas Hampson. Confesso que, para mim, não foram uma mais valia para o concerto.



O comportamento do público foi, mais uma vez, deplorável! Tocaram telemóveis durante todo o concerto. E o que não consigo perceber é a necessidade compulsiva de tossir ruidosamente, quer durante o concerto, quer nos intervalos entre andamentos. Dando de barato que a maioria dos que tossem não têm tuberculose activa nem outras infecções pulmonares graves, talvez os psiquiatras saibam explicar este comportamento, que não se vê noutras latitudes onde o Inverno é bem mais rigoroso!

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Ein deutsches Requiem, Fundação Gulbenkian, February 2018

The Fundação Gulbenkian offered us one of the great choral works of the German repertoire, Brahms' magnificent Ein deutsches Requiem.

The Gulbenkian Orchestra, directed by Laurence Equilbey, was somewhat restrained. Baritone Thomas Hampson, without the need for the score, was on a top level, with a beautiful voice over the orchestra, although in the higher register he lost some strength. Soprano Miah Persson has a small voice and a small participation, but she was ok. The Gulbenkian Choir was at the highest level and was the best of the night.

In the first part of the concert we heard biblical songs by A. Dvorak, sung by Thomas Hampson. I confess that for me they were not an asset to the concert.

The behavior of the public was, once again, deplorable! Cell phones were heard throughout the concert. And what I cannot understand is the compulsive need to cough noisily, both during the concert and between breaks. Admitting that most of those who cough do not have active tuberculosis or other serious pulmonary infections, psychiatrists may be able to explain this behavior, which is not seen in other latitudes where the Winter is much more rigorous!


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